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Central do Outdoor CRIAÇÃO Fazendo arte em 27 metros quadrados Tanto na propaganda como nas artes em geral, cada veículo de comunicação tem sua linguagem específica. Não é difícil perceber que uma mesma idéia pode e deve ser comunicada das formas mais diferentes possíveis, dependendo do veículo que a está comunicando. Como contar, por exemplo, a vida de um personagem histórico? Depende de onde esta história será contada, se na televisão, no cinema, no rádio, num livro ou simplesmente de forma verbal. Cada veículo irá necessitar de uma linguagem diferenciada. Em propaganda, o raciocínio é exatamente o mesmo. Como criar uma peça publicitária ? Depende de onde ela será veiculada, se na televisão, no rádio, em revistas, jornais, cinema ou outdoor. E criar para outdoor requer cuidados e habilidades específicas que todo criador publicitário deve levar em consideração antes de começar a colocar suas idéias numa folha em branco: 1.
Ninguém pára e fica
olhando um outdoor - Quem vê um cartaz publicitário,
quase sempre está em movimento. Seja de automóvel, de
ônibus ou mesmo a pé, o fato é que o outdoor eficiente
deve comunicar a mensagem de forma extremamente rápida. 2.
Seja simples e claro - Simplicidade e clareza são
requisitos básicos para a criação de um bom outdoor. A
mensagem será mais eficiente na medida em que ela for
concisa, enxuta, facilmente memorizável e - claro -
contiver a dose necessária de criatividade e emoção
indispensáveis a todo e qualquer tipo de peça publicitária.
Quanto ao número máximo de palavras que devem constar num outdoor, não há nada ortodoxamente definido. David Ogilvy, fundador da Ogilvy & Mather, uma das maiores agências de propaganda do mundo, defende a tesa de que um outdoor não pode ter mais do que cinco palavras, William Bernbach (da norte-americana DDB, uma das agências mais criativas de que se tem notícia) é mais condescendente e amplia para oito este limite. Já Washington Olivetto, da W/Brasil, argumenta que não deve ser colocado nenhum tipo de limite numérico em relação a este assunto, defendendo a idéia de que uma boa idéia independe do número de palavras necessário para externá-la. Nos modernos centros urbanos, com o crescente número de automóveis, a visualização de um outdoor acontece de forma cada vez mais compulsória, mas, mesmo assim, alguns cuidados básicos são necessários para que esta visualização se torne ainda mais eficiente : - Não conte história. Tente sintetizar ao máximo a idéia e o conceito do produto ou serviço a ser anunciado, tanto no texto, como no layout. - Não abuse das informações visuais. Lembre-se que a proliferação de informações visuais distintas (logotipo, chamada, foto, ilustração, splash, endereço, tarja, etc.) só tende a poluir visualmente o cartaz e, consequentemente, diminuir o seu impacto. -Há
produtos que funcionam mais ou funcionam menos num
outdoor ? - Tudo é muito discutível. Há
alguns anos dizia-se que o outdoor não era um veículo
adequado à propaganda de bebidas em função de sua
horizontalidade (e as garrafas são verticais). Esta tese
vigorou até o momento em que ótimas criações foram
desenvolvidas para a Caninha Pirassununga 51, que usavam
e abusavam desta mesma horizontalidade. 6.
A criação para o outdoor deve ser específica - Como já
foi colocado, cada veículo tem a sua linguagem própria.
E o outdoor não foge à regra. Assim,
é desaconselhável que a peça em outdoor seja uma pura
e simples adaptação de um outro anúncio já criado,
para a mesma campanha, mas para um veículo diferente.
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